Em meio a um mercado cada vez mais saturado de discursos e promessas, um conceito tem ganhado destaque: “personalidade de marca”.
Mas será que estamos falando disso com a profundidade que o tema merece?
A verdade é que o termo se banalizou. Tornou-se uma “buzzword” — dessas que parecem dizer tudo, mas acabam dizendo quase nada. Ouvimos clientes que pedem uma “marca com personalidade” como se isso, por si só, fosse um diferencial.
Mas a pergunta certa não é “como ter personalidade?”. É: qual personalidade a sua marca quer expressar? E mais importante: ela está disposta a sustentar isso de forma coerente e original?
O perigo da generalização
Quando tratamos “personalidade” como um adjetivo genérico, esquecemos que, no branding, ela deve ser construída com base em posicionamento, valores, essência e contexto de mercado. Não basta parecer única — é preciso ser autêntica.
Sem esse alinhamento estratégico, a personalidade vira só um verniz — algo que pode até impressionar, mas não resiste ao tempo ou às crises.
O valor da profundidade
Uma marca com personalidade bem definida não precisa gritar para ser notada. Ela se comunica com clareza, conecta com quem faz sentido e tem firmeza ao tomar decisões. Seu tom de voz, suas ações e sua estética não são aleatórios ou baseados em tendências passageiras— são resultado de uma construção intencional.
Essa coerência constrói confiança.
E confiança, em tempos líquidos, é ouro.
No fim das contas,
o branding não é sobre criar uma “máscara bonita”, mas sobre revelar o que a marca tem de mais verdadeiro — com coragem, cuidado e consistência.
E você, já parou pra pensar qual personalidade sua marca expressa hoje?
Ou será que ela ainda está tentando agradar todo mundo — e se perdendo no caminho?