Quem gosta de rua sabe: fixies, ou bicicletas fixas, aos poucos tem tomado as ciclovias da cidade. E quem gosta de fixie, bem, quem gosta não poupa elogios! A magrelinha, que também atende por “fixed gear” ou “roda fixa”, se caracteriza essencialmente por um sistema de montagem e funcionamento bem minimal, purinho mesmo. A coisa é tão simples que basta você pensar assim: ao contrário das bikes “convencionais”, de rodas livres, a fixie só se movimenta se você pedalar. E se você pedalar para trás? Ela anda para trás também. Logo, os pedais funcionam como freio e aquela porção de marchas se torna desnecessária.

A limpeza da fixie também está na aparência, daí outro motivo para se tornar tão querida mundo afora. Nova York, Los Angeles e São Francisco são apenas alguns exemplos de cidades onde a bike já se consagrou como xodó. Para Pedro Vianna, estudante de arquitetura e dono de uma fixa, tanto o controle da aceleração quanto a possibilidade de customização são fatores que te deixam ainda mais conectado à pedalada e às ruas. “Além de ser uma speed (bicicleta de velocidade), ela é uma bike muito street e traz toda uma história ligada aos couriers, aqueles entregadores delivery”, conta.

Já Pedro Bucher, fotógrafo e dono dessa fixie aí de cima, já tinha adotado a bicicleta como meio de transporte oficial quando começou a ficar intrigado com a estética fixa: “Pesquisava muito na internet, mas tudo que eu encontrava eram bicicletas vintage. Até que um dia um amigo apareceu com uma fixa na faculdade e me explicou melhor, daí fui correndo montar a minha”. Ainda assim, Pedro admite que nesse caso beleza não põe mesa: “É, acho que existe sim uma cultura em torno das fixies. Acho que ela tem uma força de transformar as pessoas; eu pelo menos passei a ser mais saudável. Sinto prazer em dar uma volta com ela, o rolé é bem gostoso e flui muito melhor do que com uma bike comum”. A manutenção, mais prática, e a possibilidade de montar uma bike à sua maneira, são outros fatores que contribuíram para sua popularidade e acessibilidade, já que o preço fica ao gosto do freguês.